Nada na nossa vida acontece por acaso. Pessoas e situações vêm e vão de tempos em tempos e sempre nos ensinam alguma coisa.
Eu vejo as pessoas sofrendo porque não conseguem soltar situações que fazem mal a elas mesmas e não percebem que esse apego a essas situações é que provoca o sofrimento.
No Yoga aprendemos que o apego é a raiz do nosso sofrimento. Apego às coisas, às pessoas, às situações.
Pode ser apego a um relacionamento ruim, por exemplo, onde o desgaste torna a convivência praticamente impossível.
Quando não soltamos o que nos faz sentir mal, deixamos de abrir espaço para uma história diferente.
Essa atitude mostra que não acreditamos que somos capazes de buscar uma vida melhor. Que somos incapazes de enxergar que a nossa felicidade não está nas coisas externas.
Sem perceber acabamos nos conformando com uma relação destrutiva em casa, no trabalho ou com os amigos. E provocamos o nosso próprio sofrimento.
A vida é feita de ciclos. Nem todos vão nos acompanhar até o fim. Mas podem nos ensinar durante algum tempo.
As pessoas que cruzam nosso caminho são como espelhos: refletem aquilo que mais precisamos aprender.
E se pelas circunstâncias da vida já não convivemos mais com elas, ficam as lições.
Precisamos soltar o que não nos faz bem para que algo melhor possa entrar.
Guardar mágoas é como permanecer com um armário cheio de roupas velhas, que não servem para nada e ainda ocupam espaço.
É melhor guardar as boas recordações e se despedir com carinho do passado, criando espaço para novas oportunidades, novos amores, novos amigos ou colegas de trabalho.
No fundo todos têm um papel importante na nossa vida. Não importa se é um papel curto ou longo.
Mas se algo não te faz bem, solte, entregue, deixe partir. Porque a sua felicidade depende mesmo de você.
Cris Berndt
Atua como jornalista freelancer produzindo vídeos e textos principalmente sobre yoga e bem estar. Formada em hatha yoga e Vedanta por discípulos de Swami Dayananda no Rio de Janeiro.